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Eu participo! – Uma história de conquistas

Agosto 14, 2009

“Comecei meu trabalho no Terceiro Setor como Educador social, para a Prefeitura do Rio de Janeiro, como terceirizado, em abrigo para crianças e adolescentes em situação de risco social. Além de atendermos crianças de comunidades carentes e crianças que viviam na rua, recebíamos também crianças e adolescentes de 2ª vara (tempos atrás chamados de menor infrator). É um trabalho muito difícil, pois as condições são precárias, e o educador fica entregue a própria sorte.

Trabalhei também com um projeto do Comunidade Solidária (Projeto do Governo Federal), ai já era uma coisa particular, éramos um grupo de 6 pessoas que queríamos fazer algo e resolvemos por a mão na massa. O projeto atendia jovens de Paciência e jovens de uma instituição de recuperação de drogados. O trabalho consistia de curso de horticultura, minhocultura, alem de passeios culturais, visitas a museus, hortos, etc.

Foi só em 2002 que tive a idéia de fundar uma ONG, sentíamos a necessidade uma biblioteca em Seropédica, lugar onde eu morava na época, um município recém emancipado, onde faltava tudo. Novamente consegui juntar um grupo de seis pessoas, mais ou menos com os mesmos objetivos e fundei o CADECS – Centro de Assessoria e Desenvolvimento Cultural e Social. Percorremos um longo caminho e após legalizarmos a instituição, começamos a entrar em contato com empresas e outras ONGs, buscando parcerias.

O trabalho foi difícil, mas após alguns meses, conseguimos uma casa em comodato com a paróquia Maria mãe da Igreja e demos inicio aos trabalhos. Montei um curso de informática, com dez computadores, em parceria com o CDI – Comitê para Democratização da Informática, uma biblioteca comunitária com cerca de três mil volumes e formamos um grupo de teatro que levava o incentivo a leitura nas escolas do município.

Depois de dois anos tivemos problemas internos e fundei o CECI – Centro Cultural Criança Cidadã, mantendo funcionando todos os projetos anteriores. No auge desse trabalho, atendíamos uma média de 70 a 80 crianças por dia com nosso trabalho. Por volta de 2005 me afastei da instituição por problemas pessoais e no final de 2007 me mudei para Valença. Agora estamos fundando uma instituição, que trabalha com meio ambiente. Projeto SOS Serra dos Mascates, projeto de preservação ambiental e recuperação da Serra dos Mascates – Valença – RJ.

Quero deixar bem claro que todos os trabalhos que fiz nas instituições que fundei, foram feitos como voluntário e  nunca recebi nada por eles. Acho que o que mais me remunera é saber que estou ajudando jovens, que poderiam estar na ociosidade, a elevar sua auto-estima, ajudando-os a obter novas perspectivas, abrir novos caminhos, dar oportunidade de escolha, essa é a minha função. Nada mais compensador e gratificante, do que encontrar esses jovens mais adiante, na faculdade ou no mercado de trabalho, e ser reconhecido por eles”.

Victor Gomez
www.victorsgomez.com

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